segunda-feira, 31 de março de 2014

O COURO LEGÍTIMO.

É couro legítimo? Saiba identificar!

O couro ou coiro é a pele curtida de animais, utilizada como material nobre para a confecção de diversos artefatos para o uso humano, tais como: sapatos, cintos, carteiras, bolsas, malas, pastas, casacos, chapéus, entre outros.

No Egito antigo, encontraram-se pedaços de couro curtidos há cerca de três mil anos A. C. Na China, a fabricação de objetos com couro já era efetuada muito antes da Era Cristã.

A História registra, ainda, que babilônios e hebreus usaram processos de curtimento, e que os antigos gregos possuíram curtumes. Além disso, os índios norte-americanos também conheciam a arte de curtir.

A partir do século VIII, os árabes introduziram na Península Ibérica a indústria do couro artístico, tornando famosos os couros de Córdova.

Em Pérgamo desenvolveram-se, na Idade Antiga, os célebres “pergaminhos”, usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro. Com o couro eram feitos, também, elmos, escudos e gibões. Os marinheiros usavam-no nas velas e nas embarcações de navios.

No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente. Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões, bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades.

Utilização

Nos últimos anos, em virtude de ser um material de custo alto, pela tendência da moda e outras exigências da vida moderna, ampliou-se consideravelmente o mercado de materiais diversos, sintéticos e naturais, em substituição ao couro. Também alcançou grande projeção no mercado o couro reconstituído (recouro), um misto de aparas de couro, resinas e outros produtos.

É importante salientar que é proibido por lei o uso da palavra “couro”, como por exemplo “couro sintético” ou “couro vegetal” para qualquer material que não seja de origem animal, de acordo com a lei 11/211 de 2005.

De qualquer forma, o couro não perdeu sua posição de material nobre, sendo requisitado para a confecção de estofados (moveleiro e automotivo), calçados, vestuário e acessórios (bolsas, cintos, carteiras, maletas, pastas) no mundo inteiro.

Divisão

O couro bovino compõe-se duas partes importantes:

Flor é a camada externa do couro, que apresenta as características da pele, como os poros, típicos de cada animal.
Raspa é a camada subjacente à flor, originada na operação de Divisão. Utilizada para a produção de artigos aveludados (camurças e camurções), podendo também receber acabamento para assemelhar-se à Flor.

Para se diferenciar em relação a seleção comercial dos couros, toma-se por parâmetro a incidência de defeitos ocorridos durante a vida animal, tais como a quantidades de marcas provocadas por carrapatos, bernes e outros parasitas que deixam suas marcas ainda em vida e que se estendem após o abate, além de marcas deixadas por arames pontiagudos, muito utilizados para cercar o rebanho e também galhos, muito comum em regiões de clima seco

O couro é considerado de boa qualidade quando apresenta-se adequadamente processado, e pelas características acima descritas, ou seja, quanto menor a incidência de defeitos melhor seu valor comercial.

Classificação

O couro possui diferentes regiões, cada uma delas sendo adequada à confecção das diversas peças que vão compor os produtos de couro.

Tradicionalmente os couros se dividem em:

Grupon (do fra: croupon): região central, mais nobre, correspondente ao lombo no animal;
Pescoço ou cabeça;
Barriga ou flancos.

Defeitos mais comuns no couro

Berne
São furos encontrados no couro, causados pela larva da mosca conhecida como berne. Em peles envernizadas ou prensadas, deve ser feita uma verificação pelo carnal, pois o defeito normalmente não é visível por ser coberto pelo verniz ou pelo deslocamento do material próximo ao furo.

Carrapato
São marcas(cicatrizes) feitas pelo carrapato, e aparecem nos couros que não têm a flor lixada.

Cortes de esfola
São cortes que aparecem no couro, às vezes não o transpassando, causados por faca, quanto da retirada do couro do animal abatido.

Marcas de fogo
São defeitos causados pelas marcas de identificação do animal, que causam grande prejuízo nos couros.

Riscos
São defeitos causados normalmente por chicote, arame farpado ou mirão, e que aparecem na flor do couro.

Veias
São as artérias do animal, que por problemas de estrutura se alargam e ficam perto da flor, aparecendo após o curtimento.

Como saber se o sofá é de couro legítimo

Sofás de couro sintético são difíceis de detectar ao lado de um sofá de couro real, pois eles são muito mais caros do que os tecidos sintéticos. Entender como identificar cada um irá preveni-lo de gastar muito dinheiro em um sofá de couro falso. A diferença entre os dois também é importante se você precisar reparar o seu sofá de couro. Tanto vinil quanto couro podem ser reparados, mas diferentes tipos de produtos devem ser usados.

Instruções

Identificando um couro legítimo

Examine a etiqueta do móvel para ver se os materiais utilizados na fabricação estão identificados. Há muitos nomes com os quais couro falso é chamado. Se a etiqueta diz couro sintético, courete, naugahyde, corfam, ultrasuede, fabricoide, couro permeável, couro artificial, ecológico ou pano de couro americano, as chances de ser falso são grandes.

Procure uma marca de mobiliário que diz genuíno, anilina, nobuk, pigmentado, sauvage, camurça ou couro bicast, que são legítimos.

Veja as costuras de corte na parte de baixo do sofá. Se elas são lisas e semelhante a plástico, então o tecido não é couro verdadeiro.

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Sinta o sofá de couro. É macio e flexível ou frio e suave? Couro real será mais suave do que couro falso.

Sinta o cheiro do sofá de couro. Couro real tem um odor característico que não pode ser replicado.

Examine o grão no sofá de couro. Se os poros no sofá estão dispostos em um padrão identificável, o couro é provavelmente sintético.

Identifique produtos de vinil, examinando o seu apoio. Todo o vinil é feito com tecido. O pano de apoio também pode ser visto nas bordas cortadas ou rasgos.

Para quem busca por modernidade dentro de casa, os sofás de couro legítimo nos seus variados modelos, com certeza são a opção mais ideal, pois estes além de oferecer grande sofisticação ao ambiente, graças aos demais materiais utilizados na fabricação também podem garantir grande conforto e durabilidade.

É bem verdade que os sofás de couro legítimo nem sempre estão de acordo com o nosso orçamento, pois é muito natural que tenham um preço mais elevado, porém se formos analisar os prós e os contras.

Logo perceberemos que vale a pena o investimento, pois é tudo o que se espera em revestimento de sofá, pois além de durabilidade e beleza, ainda é prático para limpar.

Em se tratando de revestimento em couro, também existe o couro ecológico, que apesar de não oferecer a mesma resistência do que o natural, também é bem especial em termos de durabilidade e beleza e nesse caso tem um preço mais acessível.

Na hora de buscar então pelo modelo ideal, confira a densidade da espuma que preenche cada sofá, pois se não for de boa qualidade ela poderá deformar com o tempo e apresentar algumas deformações também no couro, comprometendo sua beleza, então busque por indústrias de conceito no mercado e fique de olho no termo de garantia.






Dicas de Conservação para seu sofá: Tecidos Sintéticos e Couro Legítimo

Tecidos Sintéticos

Tecidos sintéticos à base de fibras de Polipropileno e Oleofínica – derivados da Nafta – tornam-se cada vez mais destacados no mercado têxtil, em versões cada vez mais sofisticadas, confortáveis, com grande durabilidade e de custo mais acessível que suas contrapartes de algodão e demais fibras orgânicas.

De manutenção fácil e secando até quatro vezes mais rápido, em comparação, com materiais de algodão; um tecido desta categoria têm poucas restrições para sua higienização:

Utilizar se assim se fizer necessário, apenas escovas de cerdas macias; para evitar dano por desgaste mecânico.

Não usar produtos que contenham solventes de óleo ou com cloro em sua composição para evitar reação química indesejável após a limpeza.

Dar preferência a detergentes e sabão sem corantes que possam se impregnar nas fibras do tecido. Ex: Detergente Neutro, Sabão de Coco.

Evitar exposição contínua à luz solar (radiação UV); para evitar danos recorrentes à malha do tecido.

Couro Legítimo

Couro: A nata dos materiais de revestimento. De manuseio e preparação diferenciada, este material de alto custo é um dos poucos a ter uma vida útil superior, em alguns casos à 50 anos!

Devido às suas características, ele requer sempre cuidados específicos, mas algumas dicas simples de manutenção podem garantir um desempenho satisfatório deste material:

Evite molhá-lo, o couro pode gerar bolor e fungos com muita facilidade. Invés de água para uma higienização de rotina, utilize produtos à base de silicone (Lustra Móveis, Silicone Líquido).

Tratando-se de “pele” animal, regularmente aplique hidratante (Não é necessário ser uma marca de destaque) em sua superfície com uma esponja para mantê-lo macio e livre de rachaduras.

Não é aconselhado usar produtos que contenham em sua composição, solventes de óleo, cloro e outros elementos de limpeza mais agressivos; para evitar reação química indesejável e ressecamento após a limpeza. Em último dos casos use álcool gel ou sabão neutro com uma esponja e seque com pano limpo. Aplique um hidratante após o processo de secagem.

Para uma “vedação” melhor do couro, graxa de sapatos incolor também é uma boa saída, mas fique registrado que haverá o brilho resultante do uso deste produto na superfície tratada.


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6 comentários:

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    1. Bom dia! É provável que sim. Teria que levar a um fabricante ou estofaria para ver as raspas e analisar a real possibilidade.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Normalmente as lojas emitem certificado de garantia do couro legítimo, como por exemplo na compra de um sofá?

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    1. Quem emite o certificado é o fabricante. Muitas lojas que somente revendem, passam o certificado do fabricante para o cliente final.

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